
Projeto Amamentar - Marina
Marina e Elis
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Elis nasceu, depois de um parto longo e difícil, PIG - pequena pra idade gestacional. Aquele mini serzinho nasceu, muito menor do que o esperado e mostrado nos exames durante a gestação. Uma insuficiência placentária não identificada e o medo enorme de que algo acontecesse com meu bebê se instalou. Pequena e bem magrinha, veio direto pro meu peito e já começou a mamar imediatamente, e foi assim que fomos nos conhecendo. Aquela boquinha plugada no meu mamilo e olhos atentos observando tudo. A indicação do pediatra foi que ela mamasse de hora em hora para chegar ao peso ideal, e assim fizemos nos primeiros 10 dias, até a consulta que descobrimos que ela já tinha engordado ainda mais do que o esperado. Ufa. Que alívio! Me senti forte e poderosa nutrindo e engordando aquele serzinho apenas com o meu leite, e assim ela foi crescendo e se fortalecendo, engordando em graça e fofura. E as mamadas continuaram sendo nosso refúgio. Acordou: peito, quer dormir: peito, chorou: peito, vacina: peito, riu: peito, fome: peito, dengo: peito. E assim estamos, mesmo com a introdução alimentar já tendo começado, a fonte principal de alimentação física, emocional, mental e espiritual segue sendo o peito. Já são 8 meses de demanda livre, cama compartilhada, muito sono, cansaço e muito amor. Lara, minha filha mais velha, mamou até 1 ano e meio, quando meu leite secou. Então por enquanto estou levando nessa entrega absoluta, aproveitando, mesmo com algum sofrimento e as vezes em meio a lágrimas, dessa potência das minhas divinas tetas.
Texto: Marina Arêas